Mais de metade dos líderes da indústria de bens de consumo admite dificuldades em alcançar crescimento rentável em 2025

A rentabilidade das empresas de bens de consumo está sob pressão em 2025. Segundo o mais recente relatório Consumer Goods Industry Insights, da Salesforc, 54% dos líderes do setor consideram que alcançar crescimento rentável será mais difícil este ano, devido à fraca confiança dos consumidores, às rotas de entrada no mercado cada vez mais complexas e às alterações macroeconómicas.

André Manuel Mendes
Setembro 10, 2025
11:13

A rentabilidade das empresas de bens de consumo está sob pressão em 2025. Segundo o mais recente relatório Consumer Goods Industry Insights, da Salesforc, 54% dos líderes do setor consideram que alcançar crescimento rentável será mais difícil este ano, devido à fraca confiança dos consumidores, às rotas de entrada no mercado cada vez mais complexas e às alterações macroeconómicas.

As margens de lucro estão a ser comprimidas por vários fatores, entre os quais a exposição quase universal (98%) a mudanças de política económica, como tarifas comerciais, que afetam o sourcing, as operações e a rentabilidade. Apesar disso, as empresas continuam a evitar transferir custos para os consumidores, embora reconheçam que essa opção poderá ser inevitável caso as pressões se agravem.

Perante este cenário, os líderes estão a reforçar os investimentos em inteligência artificial (IA), em especial em agentes de IA autónomos — capazes de atuar sem supervisão humana. Quase nove em cada dez executivos (89%) acreditam que estas ferramentas serão indispensáveis até 2027, e 88% esperam que contribuam diretamente para o aumento das vendas.

O relatório mostra ainda que menos de metade (46%) das promoções comerciais tradicionais gera retorno positivo, um cenário que se mantém estável há anos. Em contrapartida, as ofertas personalizadas baseadas em dados e IA revelam-se significativamente mais eficazes, superando os programas de fidelização em quase 20 pontos percentuais.

Com o abrandar dos canais Direct-to-Consumer (DTC) e dos programas de fidelização — 54% dos líderes afirmam ser hoje mais difícil manter a lealdade dos clientes, e 74% destes mudaram de marca no último ano —, as empresas estão a reorientar os seus esforços para o digital.
A maioria aumentou os investimentos em anúncios nas redes sociais (73%) e em plataformas digitais (67%), ao mesmo tempo que 70% intensificaram a aposta na personalização.

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